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Aquaman: O mar te chama! [Resenha sem Spoiler]



Criado por Paul Norris e Mort Weisinger há mais de 70 anos, Aquaman não é o que podemos chamar de personagem mais popular do universo da DC Comics e da Liga da Justiça. O fato é que ninguém conseguia levar a sério um homem que cavalga em um cavalo marinho e fala com peixes. Mas a DC não desistiu dele e para tentar reparar a injustiça, convidou James Wan para dirigir o novo longa do herói, com roteiro de Will Beall, além de Jason Momoa no papel principal. Aquaman finalmente tem sua história contada no cinema.

O filme estreou nas telonas no dia 21 de dezembro de 2018 e se passa após os acontecimentos de Liga da Justiça. Por se tratar de um filme introdutório, inicia revelando um pouco da história de origem do meio-humano, mas o foco é a briga de Arthur (Aquaman) pelo trono, quando Mera (Amber Heard) o procura para avisá-lo que ele precisa acompanhá-la até o reino de Atlântida para deter o seu meio-irmão Orm (Patrick Wilson), que pretende se tornar o Mestre dos Oceanos e lançar a fúria dos 7 mares sobre o povo da superfície. Orm é o tipo de vilão que possue uma motivação real e nos leva a refletir se ele de fato não está com a razão, afinal, o motivo da sua revolta contra o povo da superfície é a poluição do homem que joga lixo nos oceanos e envenenam as criaturas do mar, além da matança indiscriminada.

Outro ponto do filme é o toque de humor, incomum nas produções da DC, visto que, para diferenciar dos filmes da Marvel onde o elemento esta fortemente presente, os estúdios Warner decidiram que, os filmes da DC deveriam ser sombrios. Pois é, a estratégia não estava dando certo, por isso, Aquaman veio cheio de tiradas cômicas em cima do carisma e jeito brutamonte de Momoa para criar cenas engraçadas deixando o personagem ainda mais parecido com Thor, seu equivalente no universo Marvel. De toda forma o uso de piadas para quebrar o clima de tensão e a química do casal, Mera e Arthur, definitivamente não funcionaram.

Os efeitos especiais cumprem o seu papel, principalmente pelas cenas embaixo d’água, muito embora alguns pequenos erros como o penteado de Mera, impossível de ser feito no ambiente aquático ou a ausência do movimento da água nas primeiras cenas, o que não desmerece o trabalho. É importante ressaltar a qualidade nas cenas de ação, com várias sequências de lutas e perseguições, mesmo que as batalhas mais importantes do filme tenham sido bem breves e fáceis de conquistar. No fim das contas, Aquaman supera as expectativas se tornando um dos melhores filmes da franquia, nos dando uma ponta de esperança que o universo cinematográfico da DC finalmente esteja retomando os trilhos.

dezembro 28, 2018 / by / 0 Comments

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